Quando reencontrei a paixão da infância.

Esses dias estava na padaria, passei lá pra comer uma pizza, estava de saco cheio. Já estava sentado e comendo, quando vi uma pessoa chegar ao meu lado e pedir dois salgados para levar.

Na hora pensei "Nossa, essa voz me é familiar...", e quando viro, vejo a Natália! Natália era uma menina que eu era super apaixonado na sétima série. Ela era magrela e alta, mas tinha muita, muita personalidade. Tanto que ela só tinha amizade com os meninos, pois todas as meninas da sala a achavam uma magrela sem peito.

Mas o idiota aqui ficou CALADO, haha. Eu a vi, reconheci, mas ela tava muito diferente. Afinal né, mais de dez anos que não tinha sinal dela. Ela estava mais inchada, meio gordinha, mas o rosto e as sardas pareciam estar no mesmo lugar. Ainda estava bem bonita, mesmo assim!

Na fila dei um toque no ombro dela e perguntei: "Desculpa, você é a Natália, não?", e ela sorriu, virou pra mim e disse: "Eu lembro de você!". Bom, menos mal! Eu aqui todo grisalho, barbudo e maior que na época que nos conhecíamos. Mas aí toda a magia acabou quando veio a próxima frase:

"Só que eu esqueci o seu nome!". Hahaha! Batemos um papo rápido ali na fila, cometei se ela morava ainda no mesmo lugar, e ela disse: "Sim né, infelizmente", e perguntei como estavam as coisas, se estava namorando, noiva ou algo assim.

Ela casou e estava até com filho!

Não deu pra conversar muito porque ela estava com pressa. Mas foi ótimo revê-la! E ver que estava bem, apesar dos pesares (ela sempre foi bem ríspida, e isso não mudou!). Na volta pra casa fiquei pensando, e se eu tivesse namorado com ela?

Eu penso muito nessas possibilidades da vida, hehe. Parece besteira, mas acho que é um ótimo exercício. Depois que passa a sensação da paixão a gente imaginar como estaria as coisas se estivesse com ela. Bom, eu acho que com ela eu seria bem mais sério, e muito provavelmente já estaria casado e com rebentos. E não é porque ela já tem, mas sim porque eu me conheço. Sei que o que falta mesmo é a possibilidade, porque vontade não me falta. Hoje nem tanto, mas naquela época, com certeza.

Por essas e outras eu penso que eu adoro o presente, do jeito que ele está e até com o passado que me trouxe até aqui. ;)

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